O PAPEL DA PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL NA SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE SAÚDE.
- 05/09/2023
Os biomarcadores têm um importante papel na medicina diagnóstica e a aplicabilidade do PLGF foi o destaque da apresentação do médico obstetra e ginecologista, Leandro Gustavo de Oliveira, que estuda os marcadores para prognóstico, que é a previsibilidade e diagnóstico da pré-eclâmpsia, desde 2010. O workshop foi apresentado hoje, 5/09, no primeiro dia do 55º do Congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), em São Paulo. O evento reúne 6 mil participantes do Brasil e do mundo, já que ocorre em paralelo ao 32º Congresso da Sociedade Mundial de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial.
Os atuais métodos de diagnóstico, as avaliações de risco e as limitações de cada um são desafios recorrentes para a precisão diagnóstica desse distúrbio, que acomete aproximadamente 3% de todas as gestações.
“A pré-eclâmpsia é uma síndrome com diferentes fenótipos e o seu diagnóstico pode ter diversos quadros de abertura, como problemas renais ou comprometimento hepático”, enfatizou o Dr. Oliveira.
Do ponto de vista clínico, há mulheres que não apresentam sintomas ou comprometimentos aos órgãos. Outras, apresentam um cenário de gravidade, com visíveis danos para elas e para o feto. Diante dos diversos aspectos que influenciam a precisão do diagnóstico,
“precisamos de um marcador que possibilite identificar pacientes que podem evoluir para qualquer um desses fenótipos”, avaliou.
Desde 2004, os biomarcadores começaram a ser relacionados com a fisiopatologia da pré-eclâmpsia e encarados como um critério que diferencia um quadro de pré-eclâmpsia, com números de corte direcionados para o seu monitoramento clínico e laboratorial.
E o PLGF tem se mostrado um importante indicador para o seu diagnóstico, com benefícios que incluem:
O Dr. Leandro Oliveira ressaltou que o biomarcador proporciona um ganho de até sete dias para a conclusão do diagnóstico na prática clínica, com uma importante função para refletir o status da função placentária. Além disso, em pacientes com suspeitas de pré-eclâmpsia, os valores de referência podem indicar o diagnóstico preciso (PLGF < 100pg/mL) e risco para prematuridade (PLGF <12pg/mL).